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  • Prompt de ChatGPT para Educadores: Utilizando Inteligências Artificiais Generativas na Educação na Saúde

    Na era da tecnologia, a integração de ferramentas como as Inteligências Artificiais Generativas (IAGs) na educação pode trazer novas possibilidades para o ensino e aprendizado. A utilização de IAGs na educação na saúde oferece as pessoas professoras uma ferramenta poderosa para aprimorar o ensino e auxiliar em tarefas cotidianas. Criar prompts eficientes é essencial para garantir que a IA forneça respostas relevantes e úteis. Aqui estão algumas diretrizes detalhadas para ajudar pessoas docentes a criarem prompts de comando excepcionais: Criando Prompts Eficazes Compreenda o Objetivo do Prompt: Antes de criar um prompt, tenha clareza sobre o que você deseja alcançar com a resposta da IA. Identifique o tipo de informação ou ação que você espera da IA para ajudar em suas tarefas como docente facilitadora. Seja Específico e Contextualizado: Ao criar o prompt, forneça informações contextuais relevantes para orientar a IA na direção certa. Contextualizar a pergunta aumenta a probabilidade de obter uma resposta precisa e informativa. Saiba Mais: Ao fornecer contexto relevante, a IA tem mais informações para compreender a natureza da pergunta e gerar uma resposta mais alinhada com as expectativas do usuário. Isso reduz a probabilidade de respostas genéricas ou fora de contexto, melhorando assim a qualidade da interação. Em termos práticos, muitos especialistas em IA e educação argumentam que a contextualização pode aumentar a eficácia das respostas em pelo menos 30% a 50%, embora esses números possam variar dependendo das especificidades da situação e das capacidades da IA utilizada. Exemplos de prompt contextualizado: "Na disciplina de Farmacologia Clínica, sugira uma sequência de atividades práticas que abordem o uso racional de antibióticos em diferentes cenários clínicos, incluindo casos de infecções comunitárias e hospitalares." "Para uma aula sobre Epidemiologia, proponha uma estrutura de ensino que inclua a análise de dados epidemiológicos reais, destacando a importância da vigilância epidemiológica no controle de doenças infecciosas e não infecciosas." "Com base nos princípios de anatomia aprendidos na aula, explique como o sistema respiratório está relacionado ao sistema circulatório." Instrução Objetiva e Direta: Descreva com objetividade a tarefa ou questão que deseja que a IAG responda. Utilize uma linguagem transparente e direta ao formular o prompt. Evite ambiguidades ou termos técnicos excessivamente complexos que possam confundir a IA. Exemplos de prompt objetivo e direto: "Desenvolva um programa de pós-graduação em Enfermagem Oncológica, incluindo os principais temas a serem abordados, objetivos educacionais, metodologias de ensino e estratégias de avaliação que promovam a excelência na formação de enfermeiros especializados nessa área." "Elabore um plano de estudos para um programa de mestrado em Gerontologia, destacando as disciplinas fundamentais, projetos de pesquisa aplicada e estágios práticos que capacitem os estudantes a atuarem de forma eficaz na promoção da saúde e qualidade de vida de idosos." "Descreva as três principais funções do sistema cardiovascular." "Descreva os passos necessários para realizar uma avaliação neurológica completa em um paciente com suspeita de AVC." Estímulo Criativo e aplicação prática: Incentive respostas criativas e reflexivas. Peça respostas que apliquem conceitos teóricos em situações práticas. Exemplos de prompt criativo e com aplicação prática: "Imagine que está explicando o ciclo cardíaco a um paciente leigo. Descreva esse processo de forma simples e ilustrativa." "Elabore um plano de ensino interdisciplinar que integre conceitos de anatomia, fisiologia e farmacologia para o tratamento de pacientes com doenças cardiovasculares." "Preciso descrever um cenário clínico simulado para uma prova. Me ajude a elaborar um caso clínico em que um paciente sofreu uma lesão no joelho durante a prática esportiva." Revise e ajuste: Antes de enviar o prompt para a IA, revise-o cuidadosamente para garantir que esteja objetivo, conciso, criativo e relevante para a finalidade que você quer usar. Faça ajustes conforme necessário para aprimorar a qualidade da resposta esperada. Ao seguir essas diretrizes para criar prompts de comando para IA Generativa, os professores podem aproveitar ao máximo essa tecnologia para otimizar suas tarefas cotidianas e enriquecer a experiência de aprendizado dos estudantes. Abra o bloco de notas e salve esses Prompts aqui Prompt para Refinar Objetivos de Aprendizagem: "Sugira maneiras de aprimorar os objetivos de aprendizagem para uma aula de _____________ em nível universitário. Os objetivos atuais incluem compreender ____________ e ____________, mas precisam ser mais específicos e mensuráveis para melhorar a avaliação do aprendizado dos alunos." "Descreva como os objetivos de aprendizagem podem ser alinhados com as competências-chave necessárias para a prática clínica em ___________. Os objetivos devem refletir não apenas o conhecimento teórico, mas também as habilidades práticas e a tomada de decisões éticas." Prompt para Desenvolver Atividades Interativas: "Proponha atividades interativas e dinâmicas para uma aula de _________, de modo a engajar os alunos e promover a apreciação e compreensão das diferentes _________. Considere o uso de tecnologias interativas, debates e visitas virtuais a sites ________." Prompt para Criar Demonstração Prática: "Descreva uma demonstração prática que possa ser realizada durante uma aula de ________ para ilustrar os conceitos de ________ e _______. A demonstração deve ser segura, visualmente impactante e envolvente para os alunos." Prompt para Criar Perguntas de Múltipla Escolha: "Elabore três perguntas de múltipla escolha para um quiz sobre _________, abrangendo temas como causas, eventos-chave e consequências. Certifique-se de incluir alternativas distrativas para desafiar o conhecimento dos alunos." Prompt para Gerar Perguntas de Verdadeiro ou Falso: "Crie cinco perguntas de verdadeiro ou falso relacionadas à _________. As perguntas devem abordar _________, _________ e _________, oferecendo um desafio para os alunos durante o quiz." Prompt para Elaborar Questões de Discussão para as sessões de Team-Based Learning (TBL): "Desenvolva duas questões de discussão para uma avaliação de garantia de preparo em uma sessão de TBL sobre _________. As questões devem estimular o debate entre os membros da equipe, abordando __________ na prática clínica." Prompt para Criar Problemas de Aplicação Prática para as sessões de Team-Based Learning (TBL): "Crie três problemas de aplicação prática para uma avaliação de garantia de preparo em uma sessão de TBL sobre _________. Os problemas devem envolver cenários clínicos realistas e desafiar os alunos a aplicarem seus conhecimentos na resolução de casos." Prompt para Gerar Caso Clínico Detalhado: "Crie um caso clínico detalhado para uma avaliação na disciplina de _________. O caso deve envolver um paciente __________ com _________ e _________ de no estágio II, localizado no _________. Inclua informações sobre a história clínica do paciente, incluindo comorbidades, medicações em uso, avaliação da __________, tratamentos prévios, exames laboratoriais relevantes e plano de cuidados atuais. Forneça detalhes sobre a avaliação física, diagnóstico, metas de cuidado e intervenções específicas para o caso." Prompt para Criar Avaliação de Aprendizagem Detalhada: "Desenvolva uma avaliação de aprendizagem abrangente para uma disciplina de _________. A avaliação deve incluir uma variedade de questões, como perguntas de múltipla escolha, questões dissertativas, estudos de caso e análises de vídeos clínicos. As questões devem abordar tópicos como _________, _________, _________ e intervenções terapêuticas. Forneça critérios de pontuação claros para cada tipo de questão, incluindo a avaliação do conhecimento teórico, habilidades de avaliação clínica, raciocínio clínico e formulação de planos de cuidado em _________." Dicas finais para um Bom Prompt Varie os tipos de prompts para estimular diferentes habilidades. Utilize o feedback das respostas para ajustar e aprimorar os prompts futuros. Super Dica: Curadoria de prompts criado por dois docentes e pesquisadores em IA na educação da Wharton School. Inclui prompts para apoio à prática docentes e prompts para uso em sala de aula pelos estudantes no processo de aprendizagem e desenvolvimento de pensamento crítico. Acesse: www.moreusefullthings.com/prompts Com essas orientações e exemplos, você está pronto para explorar o potencial das Inteligências Artificiais Generativas na sua prática educacional em saúde. Experimente aplicar essas técnicas na criação de seus próprios prompts e descubra como a IA pode ser uma aliada poderosa no processo educacional em saúde.

  • Verbos de Taxonomia de Bloom revisada

    Os objetivos de aprendizagem são descrições que comunicam claramente o que os alunos devem alcançar e demonstrar após a conclusão de uma experiência ou intervenção educacional. Com o objetivo de facilitar a organização e criar um vocabulário comum, em 1948 a Associação Norte Americana de Psicologia (American Psycological Association) iniciou uma força tarefa para criar a Taxonomia dos Objetivos Educacionais. Esse projeto foi coordenado por Benjamin Samuel Bloom e ao ser finalizado em 1956 ficou conhecido como Taxonomia de Bloom. Basicamente é uma classificação de objetivos de conhecimento e habilidades intelectuais (domínio cognitivo) e comportamentos (domínio afetivo). Como outras taxonomias, é hierárquico (como uma escada), o que significa que: O aprendizado em níveis mais altos depende da obtenção de conhecimentos e habilidades anteriores em níveis mais baixos. Existem "3 tipos de escadas": Taxonomia de Bloom do Domínio Cognitivo É estruturada em níveis de complexidade crescente - do mais simples ao mais complexo - e isso significa que, para adquirir uma nova habilidade pertencente ao próximo nível, o aluno deve ter dominado e adquirido a habilidade do nível anterior. Ou seja, só após conhecer um determinado assunto alguém poderá compreendê-lo e aplicá-lo. Nesse sentido, a taxonomia não é apenas um esquema para classificação, mas uma possibilidade de organização hierárquica dos processos cognitivos de acordo com níveis de complexidade e objetivos do desenvolvimento cognitivo desejado e planejado. A proposta de taxonomia de objetivos educacionais foi revista em 2001, por Lorin Anderson e David Krathwohl, trocando substantivos por verbos e elevando a ação criativa ao mais alto grau na hierarquia. De um modo bem prático, segue uma tabela do Domínio Cognitivo da Taxonomia de Bloom revisada organizada em seis níveis, para facilitar a escolha do verbo a ser utilizado/aplicado em função do comportamento esperado: Conhecimento - Refere-se à habilidade do estudante em recordar, definir, reconhecer ou identificar informação específica, a partir de situações de aprendizagem anteriores; Compreensão - Refere-se à habilidade do estudante em demonstrar compreensão pela informação, sendo capaz de reproduzir a mesma por ideias e palavras próprias; Aplicação - Refere-se à habilidade do estudante em recolher e aplicar informação em situações ou problemas concretos; Análise - Refere-se à habilidade do estudante em estruturar informação, separando as partes das matérias de aprendizagem e estabelecer relações, explicando-as entre as partes constituintes; Avaliação - Refere-se à habilidade do estudante em fazer julgamentos sobre o valor de algo (produtos, ideias, etc.) tendo em consideração critérios conhecidos; Criação - Refere-se à habilidade do estudante em estruturar informação de várias fontes, formando um produto novo. Exemplos de objetivos de aprendizagem cognitivos adaptados: Se você aprende melhor vendo e ouvindo, dê um play nesta videoaula de 12'42'' sobre Como escrever objetivos de aprendizagem a partir da taxonomia de Bloom Videoaula com Isadora Souza | Canal Start Educação | Taxonomia de Bloom do Domínio Psicomotor A aquisição de habilidades é sequencial e progressiva em um nível contínuo. Taxonomia de Bloom do Domínio Afetivo Conhecido também como Metas Comportamentais (Domínio Comportamental) Bloom e colaboradores descreveram em paralelo em 1956 outra taxonomia afetiva de cinco níveis de complexidade crescente de comportamento: Prontidão, abertura: reconhecendo que existe Receptivo: reativo e responde com atitudes de busca Avaliativo: aprecia e valoriza positivamente Integrado: incorpora e prioriza dentro de seu comportamento Tomar posse: tornou-se seu na vida cotidiana No desenho e planeamento de uma intervenção educativa é muito importante que os objetivos estejam alinhados com as metodologias e avaliação. Para analisar o grau de coerência, uma matriz de três itens pode ser preenchida com os objetivos, métodos e avaliação: Tanto os métodos quanto a avaliação da aprendizagem devem ser coerentes e alinhados e de acordo com os objetivos de aprendizagem. Em resumo, para formular objetivos de aprendizagem eficazes, é necessário focar em: Relevância (evite o trivial); Fácil de entender por todos, expressando claramente o que precisa ser aprendido; Uma ação demonstrável do estudante; Mensurável (mensurável) Realista e relevante ao nível de formação ou amadurecimento do aprendiz; Taxonomias são classificações hierárquicas que facilitam a estruturação dos objetivos. Aprender nos níveis mais altos depende de ter obtido conhecimentos e habilidades anteriores nos níveis mais baixos; É essencial manter os objetivos de aprendizagem alinhados com as metodologias (atividades) e a avaliação. Aprendi com: BLOOM, B. S. et al. Taxonomy of educational objectives. New York: David Mckay, 1956. 262 p. FERRAZ, Ana Paula do C. M. e BELHOT, Renato V.. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 2, p. 421-431, 2010. KRATHWOHL, David R. A Revision of Bloom's Taxonomy: An Overview, Theory Into Practice, 41:4, 212-218, 2002.

  • World Café como ferramenta de ensino-aprendizagem ativa

    O World Café é um movimento global de conversação. Criada por Juanita Brown e David Isaacs, a técnica é muito útil para estimular a criatividade de um grupo por meio da interação e, assim, gerar (ou trazer à tona) sua inteligência coletiva. Baseado em sete princípios de design integrado , a metodologia do World Café é um formato simples, eficaz e flexível para hospedar o diálogo de grandes grupos. Pode ser modificado para atender a uma ampla variedade de necessidades. O contexto, número de participantes, objetivo, local e outras circunstâncias são levadas em consideração no convite, design e na escolha de perguntas exclusivos de cada evento, mas os cinco componentes a seguir compreendem o modelo básico: 1) Cenário: Crie um ambiente “especial”, geralmente modelado em formato um café/pub, ou seja, pequenas mesas redondas, com papel e canetas coloridas à disposição. Deve haver quatro cadeiras em cada mesa (idealmente) - e não mais que cinco. 2) Boas-vindas e introdução: O facilitador começa com uma recepção calorosa e uma introdução ao processo do World Café, definindo o contexto e deixando os participantes à vontade. 3) Rodadas de Pequenos Grupos: O processo começa com a primeira de três ou mais rodadas de 20 minutos para o pequeno grupo sentado ao redor de uma mesa. No final dos 20 minutos, cada membro do grupo passa para uma mesa diferente. Eles podem ou não optar por deixar uma pessoa como “anfitriã da mesa” (eu prefiro deixar) para a próxima rodada, que recebe o próximo grupo e os informa brevemente sobre o que aconteceu na rodada anterior. 4) Perguntas: cada rodada é antecedida por uma pergunta potente especialmente criada para o contexto específico e a finalidade desejada do World Café. As mesmas perguntas podem ser usadas por mais de uma rodada, ou podem ser construídas uma sobre a outra para focar a conversa ou orientar sua direção. Em cada conversa de 20 minutos, ao se sucederem, originam o fenômeno da “polinização cruzada”, isto é, a conexão coletiva de ideias e pontos de vista entre os participantes As pessoas são encorajadas a escrever, desenhar e rabiscar as ideias em cartolinas, post-its e até nas próprias toalhas de mesa (fica a dica ;). 5) Colheita: Após os pequenos grupos, os indivíduos são convidados a compartilhar idéias ou outros resultados de suas conversas com o restante do grupo grande. Como usar e aplicar o World Café? Ao fina, os resultados podem ser apresentados visualmente de várias maneiras, geralmente usando geração gráfica na frente da sala. Um app gratuito muito usado como auxílio para essa etapa chama-se Mentimeter (temos um post todinho sobre o app). O processo básico do World Café é simples e simples de aprender também. Desde quando o primeiro World Café aconteceu na Califórnia, em 1995, a utilização da abordagem foi sendo ampliada progressivamente. No site da comunidade global há um mapa com os registros dos Cafés pelo mundo: Mapa dos World Cafés pelo mundo. Fonte: The World Café #educar #metodologiasativas #starteducacao ____________________________ Compartilhe conhecimento nas suas redes sociais:

  • 19 formatos para organizar a sala de aula conforme intenção pedagógica

    Embora muitos estudos em educação demonstrem há muito tempo que a disposição democrática dos assentos nas salas de aula desempenha um papel crucial no processo de aprendizagem, as salas de aula típicas mantêm um formato hierárquico de assentos atribuído aos alunos numa base competitiva. A configuração física de uma sala de aula é mais do que uma escolha organizacional ou ao estilo do facilitador. A disposição dos assentos nas salas de aula presenciais afeta a aprendizagem, a motivação, a participação dos alunos e as relações professor-aluno e aluno-aluno (Fernandes, Huang & Rinaldo 2011). No espaço da sala de aula virtual, como plataformas em tempo real como o Zoom, as escolhas instrucionais para empregar estratégias de envolvimento e fornecer oportunidades de feedback também têm um impacto positivo nos resultados de aprendizagem dos alunos (Francescucci e Rohani 2019). Abaixo estão estratégias e exemplos específicos para melhorar o aprendizado dos alunos em uma variedade de espaços de sala de aula: Formato presencial em sala de aula Um facilitador pode maximizar o envolvimento dos alunos alterando a configuração física de cadeiras, mesas e apresentações na sala de aula. A teoria da comunicação instrucional sugere que a disposição dos assentos pode impactar a forma como os professores se comunicam com os alunos e como os alunos interagem entre si, impactando o envolvimento, a motivação e o foco (McCorskey e McVetta, 1978). Pesquisas mais recentes sugerem que a configuração do espaço da sala de aula molda a "forma de ensinar" do professor, a escolha das atividades e o comportamento dos alunos na realização das tarefas. Por exemplo: Resultados do artigo Espaço e consequências: o impacto de diferentes espaços formais de aprendizagem no comportamento do instrutor e do aluno, de Christopher Brooks (2012) no Jornal de Espaços de Aprendizagem, acessível em https://libjournal.uncg.edu/jls/article/view/285 . O estudo de Harvey e Kenyon (2013) demonstra que os estudantes preferem arranjos de assentos mais flexíveis. Em particular, os alunos manifestam preferência por salas de aula com cadeiras móveis versus fixas, e mesas trapezoidais com cadeiras sobre rodízios versus mesas retangulares com cadeiras imóveis. Os facilitadores podem e devem considerar maneiras de modificar a disposição dos assentos e alinhá-la com as demandas das atividades em sala de aula para maximizar o aprendizado dos estudantes. 19 tipos de formatos para salas de aula Às vezes os alunos têm que trabalhar em grupo, às vezes o facilitador faz uma apresentação, às vezes faz algum trabalho em duplas. Toda estratégia precisa de um arranjo de sala de aula eficaz. Neste post, mostrarei 19 possíveis arranjos de assentos em sala de aula. Mencionarei também os métodos de ensino que acompanham cada formato. 1. Pares Vamos começar com um dos formatos mais utilizados: Pares. Forme pares de alunos e deixe-os trabalhar individualmente ou em conjunto. É mais divertido com dois, mas ainda oferece uma boa visão geral. Dessa forma, os alunos podem mudar de formato quando necessário. Por exemplo, se eles tiverem que trabalhar individualmente, digamos que tenham uma prova. Aqui, você também pode dividir facilmente sua sala de aula em três colunas de pares. Peça, por exemplo, que a primeira coluna responda à pergunta A, a segunda coluna responda à pergunta B e a última coluna responda à pergunta C. Reveja as respostas quando terminarem. Dessa forma, você pode acelerar o trabalho clássico. 2. Grade Esta disposição é especialmente útil em dias de teste ou quando você deseja que eles trabalhem individualmente. Eles não podem conversar um com o outro ou deixar seus olhos vagarem pelo papel de outra pessoa. Eu não recomendaria esse arranjo de assentos em sua sala de aula o tempo todo. Os alunos podem ficar desmotivados porque não têm ninguém para quem “trocar uma ideia”. 3. Apresentação Coloque seus alunos sentados lado a lado em uma fila. Repita isso algumas vezes se tiver espaço suficiente na sala de aula. O objetivo é permitir que os alunos ouçam o que está na frente da sala de aula. Pode ser o professor ou um colega fazendo uma apresentação ou demonstração. Sentar a turma dessa maneira é uma boa ideia quando você deseja que eles foquem na frente da sala de aula. Todos os alunos devem ser capazes de ver algo e é mais fácil para o que está na frente dividir a atenção e o contato visual. 4. Quarteto Use pequenos grupos de quatro quando quiser que a turma trabalhe em equipe. Você pode deixá-los trabalhar em uma tarefa. Você também pode deixá-los pensar sobre uma questão individualmente e pedir-lhes que deliberem com os outros alunos do grupo. Claro, apenas o trabalho individual também é possível. Esta disposição dos assentos torna tudo um pouco mais social. Ao trabalhar com “grupos de quatro”, os alunos sentam-se com outros o tempo todo. Eles se conhecem melhor e fazem amigos. Essa disposição dos assentos é uma boa ideia para começar o ano. 5. Estações de trabalho Quando você está trabalhando em um grande projeto ou ensinando um tópico abrangente com diferentes aspectos ou temas, esta disposição dos assentos servirá perfeitamente. Atribua tarefas diferentes em cada estação. Por exemplo, um enigma de palavras cruzadas (digital), um quiz, um vídeo com perguntas, um exercício no quadro branco,… Todas as tarefas se completam. Deixe seus alunos se embaralharem para que possam ir a todos as estações e fazer todas as tarefas. Você também pode usar as estações para dividir alunos com o mesmo nível de aprendizagem. Uma estação onde os alunos recebem mais instruções, o outro tem exercícios de expansão, uma estação tem fones de ouvido com cancelamento de ruído para que os alunos possam se concentrar, etc. Dica Aqui: utilize esse formato quando você estiver utilizando a metodologia ativa Blended Learning 6. Formato de U Este arranjo de sala de aula incentiva a discussão e torna mais fácil para o facilitador observar os alunos e dar ajuda individual. Atenção: Não use esta disposição de mesa para trabalho em grupo. Isto será quase impossível. 7. Formato Duplo-U Quando você tem mais alunos ou uma sala de aula menor, você pode optar pelo arranjo em formato de U duplo. Isso permite que você coloque mais alunos próximos uns dos outros. É muito aconchegante, mas também tem algumas desvantagens. Por exemplo, é mais difícil para o professor circular pela sala de aula. O suporte individual está mais ou menos fora de questão aqui. Os alunos que estão atrás também podem se sentir um pouco excluídos. É melhor usar esse arranjo ao fazer uma apresentação ou ao ensinar na frente da sala de aula. 8. Formato Super-U Digamos que você tenha uma sala de aula grande e muitos alunos, então você definitivamente pode usar esse formato. Em contraste com o arranjo em formato de U duplo, esse formato em U para uma sala de aula grande não expulsa realmente os alunos. Não há “U” separado na frente, o que o torna mais aberto aos alunos que estão atrás. 9. Conferência em pequena sala Você está ensinando para um pequeno grupo de alunos? Nesse caso, o arranjo de sala de conferência é uma possibilidade. A “sala de aula de conferência” dá aos seus alunos uma “voz igual” e uma imagem instantânea de uma sala de reuniões de negócios. Use a disposição dos assentos da conferência ao definir as regras da sala de aula, planejar um evento, para uma intervenção, uma discussão em classe, etc. Você também pode praticar habilidade de comunicação para consultas de profissionais de saúde, conversação (no caso de língua estrangeira)... deixando os alunos frente a frente conversarem entre si. Deixe-os trocar de lugar e passar para o próximo aluno da fila e falar sobre outro assunto. 10. Conferência em grande sala Há um layout de sala de conferência para turmas numerosas e também uma sala de aula grande. Use esse formato como mencionado acima. A única coisa que não é possível é deixar os alunos ficarem frente a frente e falarem diretamente com eles. Também não o use para trabalho em grupo. 11. Espinha de peixe São fileiras de duas, três ou quatro, mas ligeiramente viradas para que fiquem voltadas para o centro da sala de aula. Dessa forma, os alunos dão total atenção ao professor ou aos alunos na frente da sala de aula e podem participar facilmente de uma discussão em sala de aula. Você também pode orientar que os estudantes trabalhem juntos com os da mesma fileira. 12. Linhas Isso é usado na maioria das vezes no ensino superior tradicional, quando os alunos têm que só ouvir o professor na frente. Aqui, o professor não pode dar feedback individual, pois é difícil alcançar os alunos intermediários. É uma disposição de assentos para acomodar o máximo de alunos em uma sala de aula. 13. Combo de computadores Qualquer outra disposição dos assentos da sala de aula funciona com dispositivos portáteis, como laptops, chromebooks ou tablets. Quando você estiver em uma sala de aula com mesas e computadores de alunos, poderá usar esse layout de sala de aula. Ele fornece uma visão geral dos computadores de seus alunos. 14. Borboleta Este provavelmente é novo para você. Deixe seus alunos trabalharem individualmente, mas eles sentam juntos. Este meio da borboleta serve como um lugar onde os alunos vão para obter instruções extras ou uma nova tarefa. Tudo ficará espalhado naquelas mesas do meio. O facilitador também estará disponível para dar mais orientações quando necessário. 15. Olho Use a formação dos olhos ao iniciar um debate ou discussão. Selecione um grupo de alunos que debaterá no meio do olho. O resto será o público. Dica Aqui: utilize esse formato quando você estiver utilizando o Debate como uma estratégia de ensino ativo 16. Círculo O círculo é uma formação clássica de assentos na qual você incentiva seus alunos a participar de uma palestra ou discussão em sala de aula. É mais ou menos igual aos assentos da sala de conferência. 17. Grandes grupos Divida sua sala de aula em dois grandes grupos. Deixe os grupos trabalharem em projetos maiores como organizar um evento como "logística para uma campanha de vacinação contra COVID-19", montar uma peça de teatro, montar seu próprio “consultório odontológico”, manter uma reunião política com diferentes representantes, etc. Tenha em mente que pode ficar (bastante) barulhenta a sua sala de aula. 18. Ferraduras Use este arranjo de mesa de sala de aula para incentivar a discussão em grupos menores. Introduza algumas afirmações ousadas ou “problemas” sobre o seu tema de ensino e deixe os seus alunos discuti-los nos seus grupos. Incentive seus alunos a chegar a um consenso ou a uma solução para o problema. 19. Banquete Use este layout na sala de aula para duas coisas: Deixe os alunos conversarem com quem está à sua frente (discutir, praticar uma língua estrangeira, conhecer-se, etc.). Divida sua sala de aula em dois grupos. Deixe-os trabalhar juntos em projetos maiores como no número 17 (Grandes Grupos). Deixe-os organizar um projeto, montar uma peça, montar sua própria empresa, etc. Cada sala de aula é diferente. O mais importante é que os alunos se sintam confiantes e confiem no ambiente da sala de aula. Certifique-se de movimentar as carteiras dos alunos de vez em quando para ter a disposição perfeita dos assentos na sala de aula para a sua aula. Compartilhe esta postagem com outros facilitadores para inspirá-los! Um pouco de variedade nas aulas é sempre bom. _______________________________________________ Aprendi com (vozes da minha cabeça) e essas referências: Brooks, D. Christopher (2012). Espaço e consequências: o impacto de diferentes espaços formais de aprendizagem no comportamento do instrutor e do aluno. Jornal de Espaços de Aprendizagem, 1(2). Fernandez, AC, Huang, J, and Rinaldo, V. (2011). Does Where a Student Sits Really Matter?–The Impact on Seating Locations on Student Classroom Learning. International Journal of Applied Educational Studies, 10(1). Francescucci, A and Laila Rohani, L. Exclusively Synchronous Online (VIRI) Learning: The Impact on Student Performance and Engagement Outcomes. Journal of Marketing Education 2019, Vol. 41(1) 60–69. Harvey EJ, Kenyon MC. (2013). Considerações sobre assentos em sala de aula para alunos e professores do século 21. Jornal de Espaços de Aprendizagem, 2(1).

  • Melhores dicas para usar em uma Avaliação por Rubrica

    As rubricas podem ser excelentes ferramentas para avaliar o trabalho dos estudantes por vários motivos. Você pode considerar usar rubricas se: Você se vê reescrevendo os mesmos comentários em várias tarefas de alunos diferentes; O tempo despendido para devolutivas é alto e escrever comentários ocupa muito do seu tempo; Os alunos questionam você repetidamente sobre os requisitos da tarefa, mesmo depois que você devolve a tarefa corrigida; Você se pergunta se está avaliando ou comentando de forma equitativa no início, no meio e no final de uma sessão de avaliação; Você tem uma equipe de avaliadores e deseja garantir a validade e a confiabilidade entre avaliadores. Você pode ler o artigo completo ou acessar os trechos que mais te interessam: O que é uma rubrica? Rubricas holísticas Rubricas analíticas Rubrica: por que utilizá-las na Educação à Distância (EaD) Como as rubricas são apresentadas? Como construir uma rubrica? Rubrica: Como e onde registrar os pontos/notas? Cuidado! Essas armadilhas podem atrapalhar o uso de Rubrica O que é uma Rubrica? Uma rubrica é uma estrutura que estabelece critérios e padrões para diferentes níveis de desempenho e descreve como seria o desempenho em cada nível. Dica: A forma correta de escrita da palavra é rubrica. A palavra “rúbrica” (com acento), embora seja muito utilizada, está errada. A palavra correta é rubrica, uma palavra paroxítona, com a sílaba bri como sílaba tônica. Pode ser utilizada para qualquer tipo de trabalho avaliativo, de escrito a oral e visual. Ela pode ser usada para marcar tarefas, participação em aula ou notas gerais. Existem dois tipos de rubricas: holísticas e analíticas. Rubricas holísticas As rubricas holísticas agrupam vários critérios de avaliação diferentes e os classificam em categorias ou níveis de desempenho. Exemplo de rubrica holística: Remixado de Rubricas: ferramentas úteis de avaliação. Centro de Excelência em Ensino, Universidade de Waterloo. Rubricas analíticas As rubricas analíticas separam diferentes critérios de avaliação e os abordam de forma abrangente. Em uma rubrica de avaliação horizontal, o eixo superior inclui valores que podem ser expressos numericamente ou por letras, ou uma escala de Excepcional a Ruim (ou Profissional a Amador, e assim por diante). O eixo lateral inclui os critérios de avaliação para cada componente. As rubricas analíticas também podem permitir diferentes ponderações para diferentes componentes. Exemplo de rubrica analítica: Rubrica: Por que utilizá-las na Educação à Distância (EaD)? As rubricas têm sido frequentemente usadas na educação para classificar o trabalho dos estudantes e, nos últimos anos, têm sido aplicadas na avaliação para tornar transparente o processo de síntese de evidências em um julgamento avaliativo geral. Na Educação à Distância, a prática avaliativa ainda é, muitas vezes, tradicional e subjetiva. De forma geral, avalia-se para obter nota, aprovar, mensurar e certificar. Diante disso, faz-se necessário buscar alternativas que superem este quadro. Rubricas possibilitam avaliar o desempenho dos aprendizes por meio de critérios específicos, de forma clara e objetiva. Esses critérios são apresentados antecipadamente aos participantes para que eles conheçam exatamente os aspectos que estão sendo avaliados em suas atividades. Os estudantes, ao terem clareza de como serão avaliados, ficarão mais comprometidos com a proposta e terão mais chances de desenvolver um trabalho dentro do esperado pelo professor/facilitador. Uma ideia para tornar a avaliação mais estimulante é colocar os critérios apresentados na rubrica como metas a serem atingidas. Como as rubricas são apresentadas? São apresentadas, na maioria das vezes, em formato de tabela; Contêm critérios de avaliação; Possuem definições de qualidade para esses critérios em níveis particulares de realização; Possuem estratégias de pontuação Uma única rubrica pode ser desenvolvida para o desempenho geral ou várias rubricas podem ser desenvolvidas, cada uma para um aspecto do desempenho do estudante. Os níveis de desempenho que podem ser genéricos, usando rótulos que podem ser aplicados a qualquer coisa (por exemplo, de 'Muito ruim' a 'Excelente') ou personalizados para a situação específica (por exemplo, 'Prejudicial' a 'Altamente eficaz'). Uma rubrica também pode ser conhecida como uma escala de avaliação global. Como construir uma rubrica? Defina quais critérios ou elementos essenciais devem estar presentes no trabalho do aluno para garantir que ele seja de alta qualidade. Nesse estágio, você pode até considerar a seleção de exemplos de trabalhos exemplares da turma que podem ser mostrados aos alunos ao definir as tarefas. Decida quantos níveis de desempenho você incluirá na rubrica e como eles se relacionarão com a definição de notas de sua instituição, bem como com seu próprio esquema de notas. Para cada critério, componente ou elemento essencial da qualidade, descreva em detalhes como é o desempenho em cada nível de realização. Deixe espaço para comentários adicionais personalizados ou impressões gerais e uma nota final. Rubrica: Como e onde registrar os pontos/notas? A Rubrica, além de ser utilizada para descrever os critérios de avaliação, também pode ser uma ferramenta para o registro de pontos ou notas, a partir dos critérios atingidos pelos estudantes. Um exemplo de ferramenta que possibilita criar uma Rubrica online é o Rubistar. Neste vídeo, te ensino como utilizar a ferramenta: Fonte: Canal Start Educação no YouTube Cuidado! Essas armadilhas podem atrapalhar o uso de Rubrica Não testar as rubricas antes de utilizá-las Se possível, as rubricas devem primeiro ser testadas em simulação ou em campo, e discutidas com os projetos ou disciplinas que estão sendo avaliados, a fim de criar uma compreensão das expectativas desde o início. Falta de clareza e coerência nos enunciados das pontuações Verifique se os critérios em cada nível estão definidos com clareza suficiente para garantir que a pontuação seja precisa, imparcial e consistente. Certifique-se de que vários avaliadores possam usar a rubrica e pontuar o desempenho dentro do mesmo intervalo. Desalinhamento com os legítimos objetivos de aprendizagem Garantir que os critérios e expectativas da rubrica estejam diretamente alinhados com os objetivos gerais do projeto e da organização. Rubricas sobre as quais as pessoas são julgadas, especialmente se a remuneração relacionada ao desempenho estiver vinculada à avaliação, podem ter uma grande influência na maneira como as pessoas trabalham. Isso pode criar incentivos perversos para focar nas pontuações das rubricas em vez dos objetivos do projeto, a menos que os dois estejam cuidadosamente alinhados. Evitar uma segunda opnião quando estiver criando as rubricas Envolva pessoas relevantes no desenvolvimento das rubricas para garantir que todos os critérios importantes tenham sido incluídos e que a rubrica seja vista como legítima por aqueles que usarão seus resultados. Utilizar somente Rubricas para avaliar o aprendizado dos participantes Considere o uso de avaliações intermediárias com projetos ou disciplinas para verificar o progresso. Isso pode evitar surpresas problemáticas tanto para o avaliador quanto para os projetos que estão sendo avaliados quando a avaliação final for feita, e pode abordar questões de desempenho antecipadamente, melhorando assim os resultados gerais. Dica bônus sobre rubrica BetterEvaluation é uma colaboração internacional para melhorar a prática e a teoria da avaliação. A comunidade organizou informações sobre como escolher e usar métodos e processos de avaliação, incluindo a gestão de estimativas e o fortalecimento da capacidade de avaliação. O grupo visa produzir melhorias significativas na avaliação por meio de seus três elementos centrais integrados: Uma plataforma de conhecimento (betterevaluation.org) Atividades discretas de fortalecimento de capacidade com associações parceiras Projetos de pesquisa e inovação O site está originalmente em Inglês, mas no canto superior à direita da página é possível escolher outros idiomas, incluindo o português. Referências: Rubricas: ferramentas úteis de avaliação . Centro de Excelência em Ensino, Universidade de Waterloo. https://uwaterloo.ca/centre-for-teaching-excellence/teaching-resources/teaching-tips/assessing-student-work/grading-and-feedback/rubrics-useful-assessment-tools#Appendix-A-Sample-Holistic-Rubric Centro de Pesquisa Avançada em Aquisição de Linguagem (CARLA). (2012). Processo: Criação de rubricas . Acessado por http://www.carla.umn.edu/assessment/vac/Evaluation/p_7.html Davidson, EJ (2004) Fundamentos da Metodologia de Avaliação: As Porcas e Parafusos da Avaliação de Som. Beverly Hills, CA: Sage Publications. Te ajudou? Então compartilhe para ajudar mais pessoas.

  • 10 recursos educacionais digitais para usar nas aulas online

    Conheça as 10 principais ferramentas gratuitas para aulas online que ajudam a aprimorar o ensino à distância e facilitam a vida do facilitador na hora de montar aulas online, corrigir atividades e se conectar com os aprendizes no presencial ou remoto. Personalização do ensino Aprender e ensinar, em tempos de tecnologias digitais, envolvem a reflexão sobre a utilização de estratégias que inovam ao associar o interesse dos estudantes pela descoberta com a possibilidade de colocá-los no centro do processo. Considera-se que esses são desafios constantes na educação. Refletir sobre a implementação de propostas que envolvam os estudantes como protagonistas e que possam, de alguma forma, vivenciar experiências em que as ações de ensino e aprendizagem são personalizadas torna-se um caminho possível para a utilização, em sala de aula, de abordagens que valorizam a autonomia dos estudantes e que, consequentemente, estão inseridas no campo das Metodologias Ativas. Inserir as tecnologias digitais e as metodologias ativas de forma integrada ao currículo requer uma reflexão sobre alguns componentes fundamentais desse processo: O papel do facilitador e dos aprendizes em uma proposta de condução da atividade didática que privilegia as metodologias ativas; O papel formativo da avaliação e a contribuição das tecnologias digitais na personalização do ensino; A organização do espaço, que requer uma nova configuração para estimular ações colaborativas; A avaliação como um recurso essencial no processo de personalização e o quanto o uso das tecnologias digitais pode potencializar sua eficiência educacional. Como combinar diferentes recursos educacionais digitais O Ensino Híbrido ou Blended Learning é uma trajetória de aprendizagem que vai além da lousa e do livro, buscando integrar recursos digitais online no planejamento pedagógico. Não é apenas um método, mas sim um conjunto de estratégias para potencializar o processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Nessa perspectiva, o educador passa a compreender melhor que nem todas as pessoas aprendem da mesma forma e no mesmo momento. É preciso personalizar o ensino e promover estratégias para diferentes formas de aprender. As pessoas possuem inteligências múltiplas no seu processo de aprendizagem, podendo ser visual, auditiva, pela leitura/escrita e por movimentos/cinestésica – segundo a teoria VARK. Porém, a ideia de um ensino híbrido e/ou mesclado não é uma concepção recente, uma vez que já se falava em integração do EAD (ensino à distância) com o ensino presencial há algum tempo. O mundo está passando por uma onda total disruptiva nos mais variados setores graças à tecnologia, que aparece como peça-chave nesse movimento de mudança. De acordo com pesquisa realizada pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), as empresas consideradas pioneiras em transformação, criatividade e inovação são 26% mais lucrativas e, conforme dados da IDC (International Data Corporation), o Brasil hoje manteve 1,65% dos investimentos em tecnologia em nível global. Vislumbrando (e sentindo na pele) esse cenário, separei aqui os 10 principais recursos educacionais digitais para usar nas facilitações remotas ou em um ambiente presencial. Fórum de discussão Infográfico Vídeo E-book Socrative Quiz Podcast Mapa Mental Flashcards Planejador de aula online Fórum de discussão | Padlet Colaboração e construção do conhecimento em coletivo estão no mindset de todo educador que foca no engajamento e protagonismo dos alunos. Os fóruns de discussão são verdadeiros aliados para facilitar essa participação. O despontar de aplicativos e plataformas de fórum de discussão EAD vem mostrando que essa é uma ferramenta muito importante como instrumento de aprendizagem e engajamento dos alunos. A plataforma Padlet propõe ser a maneira mais fácil de criar e contribuir. Tem um uso fácil e intuitivo mesmo que você nunca tenha usado nenhum tipo de software de produtividade. É uma ferramenta online que permite criar murais explorando diversas modalidades de linguagem como texto, som, foto e vídeos. Possibilitando modificação de layout da aparência desses murais da maneira que se escolher. Entretanto o elemento diferencial do Padlet são suas opções de compartilhamento desses murais, pois o Padlet é essencialmente uma ferramenta colaborativa. É possível convidar os alunos para contribuir sem a necessidade deles terem uma inscrição prévia, conceder acesso de somente leitura, escrita, moderador ou administrador. Considerando que a estratégia de utilizar o fórum é mais um recurso das aprendizagens significativas, é importante acompanhar as contribuições dos estudantes com a construção do conhecimento nesse ambiente. A qualquer tecnologia empregada no ensino a distância deve ser utilizada para estimular uma formação colaborativa entre os alunos, com o apoio de professores e preceptores. Colaborar significa acrescentar para o grupo a partir de outras leituras (referenciadas), que venham dar continuidade ao que já foi iniciado nos estudos do grupo e que contribua significativamente para a resolução de problemas ou construção de novos conhecimentos. Infográfico Os infográficos são peças informativas que combinam texto e imagem. Esse formato pode ser usado em mídia online e offline sempre que uma informação tiver um forte apelo visual. Um ótimo exemplo do uso de infográficos são as apresentações de mapas, linha do tempo, fluxogramas, comparações de ideias O infográfico pode ter imagens com texto, incluir o uso de animações e apresentar fotos e trechos de vídeos, tudo para facilitar a compreensão sobre um tema de aula. Duas plataformas que ajudam a criar esse tipo de material é o Canva e o Venngage. Você pode desafiar seus alunos a fazerem um resumão da matéria no formato infográfico. Dividir em grupos a turma para que cada um colabore na produção de um compilado sobre história do curso, fórmula ou teorias. O Canva for Education é uma plataforma de design intuitiva para facilitadores e estudantes. Pode ser usado para criar apresentações, infográficos e materiais visuais atrativos, personalizando o processo de ensino e aprendizagem. Vídeo | Screencastify O recurso tecnológico mais utilizado para tornar o ensino mais atraente no cenário de ensino online. Entre as mídias disponíveis, vale ressaltar a importância do vídeo como ferramenta didática. Por ser um dos recursos mais utilizados, como ser diferente no meio de tantas produções em vídeo? Relacionado ao panorama atual está posto o desafio em proporcionar uma formação aos educadores, podendo assim, habilitá-los para explorar as potencialidades e limitações existentes nos diferentes recursos tecnológicos para vídeo. Ensine qualquer coisa de qualquer lugar utilizando um notebook com webcam. O Screencastify é um gravador de tela usado pelo navegador Chrome. Grave simultaneamente sua tela com uma apresentação e você mesmo. A sala de aula invertida nas suas mãos! Atenção para uma super dica agora... Faça a gravação de feedback das atividades enviadas pelos alunos através das plataformas de ensino online. Google Sala de Aula Eu uso o Google Sala de Aula, e para personalizar as devolutivas das atividades enviadas pelos participantes dos meus cursos online, gravo um feedback exclusivo para cada um. Assim a interação e vínculo aumentam. O Google Sala de Aula é uma plataforma integrada que simplifica a criação, distribuição e avaliação de tarefas. Professores podem compartilhar materiais, criar questionários e manter uma comunicação eficaz com os aprendizes. Os estudantes têm acesso fácil aos recursos necessários e podem enviar trabalhos de forma organizada. Outra forma de utilizar vídeos é utilizando filmes, documentário e vídeos do YouTube para aplicar metodologias ativas, por exemplo, aprendizagem baseada em problemas. Essa é uma metodologia que dispara discussões a partir de Situações Problemas, normalmente no formato em texto, mas também pode ser usado em vídeo. Para saber mais sobre essa metodologia ativa, clique aqui: ABP / Aprendizagem Baseada em Problema / PBL. E-book Os e-books não surgiram por acaso. Conhecidos também como livro digital, é qualquer conteúdo de informação, semelhante a um livro, em formato digital. Podem ser lidos em equipamentos eletrônicos como computadores, PDAs, leitor de livros digitais ou até mesmo celulares, existindo ou não formato em papel. Os formatos mais comuns de e-Books são o PDF, HTML, o ePUB, book app e e-picturebook, esses dois últimos incorporados pela literatura infantil em sua reconfiguração para o digital, ou LID (Literatura Infantil Digital). Quando pensamos em autores independentes, uma das maiores vantagens dos ebooks é a facilidade para publicar livro. Quando um livro é impresso, o custo da impressão tem que ser coberto de alguma forma. Publicar ebooks é simples e barato. Não há custo de impressão. Por isso, você não precisa se preocupar com quantas pessoas vão comprar seu livro à princípio, muito menos com a quantidade de cópias que precisa produzir. É só escrever e publicar. Além disso, os ebooks não são arquivos pesados, de modo que você pode fazer o download rapidamente e guardar uma quantidade enorme de ebooks no seu celular sem problemas. E, é claro, como se trata de um arquivo digital, terá todos os livros à sua disposição sem precisar carregar peso. É uma excelente vantagem para quem precisa de livros para estudar e/ou trabalhar. Acreditamos que compartilhar conhecimento é um caminho importante para a aprendizagem ativa. Por isso no Start Educação temos alguns e-book disponíveis para apoiar a transformação dos educadores. Clique nas imagens para baixar: Você consegue imaginar temas para seus e-books? Imagina criar seu próprio material didático e compartilhar com seus alunos de forma digital. Assim eles podem estudar pela tela do celular. Uma estrutura simples de e-book contêm: Capa: Utilize um visual bacana Introdução: Conte um pouco da sua história profissional e explique o principal objetivo do seu eBook Problema: Descreva sobre o principal problema que seu tema resolve Métodos, soluções e ferramentas: Explique como funciona a solução Despedida: Faça suas considerações finais Fale conosco: Liste os principais contatos para manter uma conexão ativa com seu leitor. Uma plataforma legal para criar e-book é a Simplebooklet que tem uma versão gratuita de uso. Mas você pode criar também no Canva. Socrative Socrative é uma plataforma de avaliação em tempo real que permite aos professores criar questionários, avaliações e pesquisas. Os aprendizes podem responder por meio de dispositivos móveis, proporcionando feedback imediato e auxiliando os educadores na adaptação do ensino de acordo com as necessidades individuais. Quiz Quizalize é uma excelente plataforma através da qual você pode criar e distribuir jogos de quiz online. Seus alunos podem jogar os jogos como um grupo em sua sala de aula bem como no Kahoot. Você também pode permitir que seus estudantes acessem os jogos em casa. Na verdade, Quizalize oferecia a opção de "jogar em casa", muito antes de quando o Kahoot assim o fez. Quizalize permite dar atribuições e atividades práticas para os alunos com base no desempenho deles durante um jogo de perguntas. Por exemplo, você pode especificar que qualquer aluno que responde menos de 75% das perguntas corretamente tem que assistir a um vídeo ou ler uma folha de revisão. Este recurso de diferenciação não está limitado a apenas um gatilho de pontuação. Você pode especificar que os estudantes de pontuação 50-60% recebem um tipo de atividade de revisão e estudantes de pontuação 60-75% recebem uma atividade de revisão diferente. O Kahoot é um serviço gratuito para PC, celulares Android e iPhone (iOS) que também permite estudar a partir de testes de pergunta e resposta. É geralmente utilizado como recurso didático em escolas para revisar o conhecimento dos alunos, para avaliação formativa ou como uma pausa das atividades tradicionais da sala de aula (se liga na dica!) Você também pode usá-los para atividades de aprendizado remoto usando o modo "desafio". O modo de desafio no Kahoot permite atribuir jogos aos seus alunos para jogar em casa, conforme a programação deles. Existem várias maneiras de distribuir os desafios aos seus alunos. Se você é usuário do Google Classroom, pode distribuir seus desafios pelo Classroom como faria com qualquer outro anúncio ou tarefa. Seus alunos simplesmente clicam no link do seu jogo Kahoot para começar a jogá-lo. Similar ao Kahoot!, o Quizizz é uma plataforma que oferece jogos de perguntas e respostas. Os professores podem criar questionários personalizados para avaliar o conhecimento dos alunos de maneira interativa e competitiva, tornando o processo de aprendizagem mais dinâmico. Podcast O podcast é um arquivo de áudio digital e está se tornando uma tecnologia queridinha na Educação, pois resgata a oralidade e inspira a criatividade. O conceito tem como objetivo produzir conteúdos próprios e colocá-los na Internet, onde ficam disponíveis para download de forma gratuita. Sendo a escola um local privilegiado para experiências e criação de ambientes educativos inovadores, vários projetos de aprendizagem ativa vem surgindo com o uso do podcast. Diferentemente de outros formatos de conteúdos, que fazem uso de textos, imagens e vídeos, o podcast é feito para ser ouvido, por isso pode ser consumido enquanto você realiza outra atividade. Uma ideia é incentivar os alunos criarem um diário de notícia em formato podcast (tipo programa de rádio digital). Isso pode ser uma boa maneira de fazer os alunos estarem atentos ao que está acontecendo em seus bairros/cidade. A utilização do podcast na aprendizagem de línguas estrangeiras pode tornar-se num recurso com grandes potencialidades, quer pedagógicas, quer motivacionais, por exemplo. Eu uso o aplicativo Spotify Podcasters para criar e gravar podcast e utilizo sua plataforma para hospedar todos os meus episódios. A plataforma Spotify faz todo o trabalho de distribuir o episódio para todas as principais plataformas de podcast, incluindo Apple Podcasts e Google Play. Assim todos podem ter acesso ao conteúdo produzido onde eles estiverem, de forma gratuita. Mapa mental O mapa mental propõe aprendizagem visual e expressão de ideias de forma simples. Usar Mapas Mentais para representar visualmente a informação melhora a aprendizagem. Uma excelente ferramenta de aprendizagem ativa, pois os estudantes podem criar seus próprios mapas mentais para compreender melhor o material estudado, fazer conexões entre diversas áreas, planejar seus projetos ou aprofundar-se em uma área do estudo. Os Mapas também ativam a imaginação e permitem conexões entre ideias e fatos importantes. Por exemplo... Se você está fazendo um brainstorming com os alunos ou criando um Mapa Mental sobre a vida e morte de Martin Luther King, ter a informação representada visualmente permite que todos façam conexões sem limites. A GoConqr é uma plataforma bacana para criação desses mapas mentais. Permite anexar informações como anotações, imagens ou links para outros recursos. Assim como compartilhar o seu Mapa Mental online com colegas de trabalho, alunos e outros interessados, salvar em seu computador ou imprimir. O Coggle é outra ferramenta online para criar e compartilhar mapas mentais e fluxogramas. Funciona online no seu navegador: não há nada para baixar ou instalar. Compartilhe com quantos estudantes ou colegas desejar. As alterações feitas são exibidas instantaneamente no navegador, onde quer que estejam no mundo. Como uma imagem vale mais que mil palavras o Coggle permite que você arraste e solte imagens a partir do seu ambiente de trabalho para seus diagramas. Simples assim! O melhor de tudo, não há limite para o número de imagens que você pode adicionar. Depois me conte como foi usar essas plataformas! Flashcards Os flashcards são ferramentas de estudos que auxiliam na retenção de informação e assimilação dos conteúdos. Essa é outra ferramenta de Aprendizagem visual. Eles podem ser utilizados para os estudos do Enem e demais vestibulares, matérias da faculdade, aprender vocabulários, datas históricas, fórmulas e leis, otimizando a memória. Na plataforma GoConqr você tem acesso a cartões prontos sobre os mais diversos conhecimentos. É possível acompanhar o progresso de aprendizagem, inserir imagens e diferente cores e fontes de texto, virar e embaralhar as cartas e utilizar em computadores ou dispositvos móveis. Mas você pode criar seus próprios flashcards também. O Canva é uma plataforma de design online que disponibiliza diferentes modelos prontos para os usuários editarem. Basta encontrar o layout ideal e editá-lo a seu modo. Para usar a ferramenta basta criar um cadastro gratuito. Planejador de aula online O Planboard facilita a organização e reduz o tempo de preparação da sala de aula. Acessível de qualquer lugar, você pode planejar lições, alinhar-se aos conjuntos de currículos e gerenciar sua programação com facilidade. O melhor de tudo é que é gratuito para professores individuais. A plataforma ajuda a simplificar sua sala de aula com o planejamento digital das aulas. É fácil criar lições no intuitivo editor online. Dá para adicionar anexos, fotos e vídeos para dar vida às suas lições. Em seguida é possível criar modelos de lição para reduzir ainda mais o tempo de preparação, para que você possa entrar diretamente em suas instruções. Semestre após semestre reutilize sua agenda ou lições. Melhore seu conteúdo em vez de recriá-lo. Copie facilmente um semestre anterior para o seu novo ano letivo, para que suas aulas estejam prontas para as novas aulas. #educar #metodologiasativas #ferramentasdeensino #elearning #ensinoonline Essa postagem fez sentido para você e te deu alguns insights? ____________________________ Compartilhe conhecimento nas suas redes sociais clicando nos ícones abaixo:

  • Como fazer um Plano de Aula e Ensino: passo a passo completo e fácil

    Enquanto o plano de ensino abrange um extenso período e a visão geral da matéria (macro), o plano de aula é o roteiro de cada aula, cada encontro (micro). Ministrar uma boa aula requer mais do que talento por parte de quem atua na docência. Exige estudo, planejamento, organização e criatividade, dentre outros aspectos. Um professor comprometido quer mesmo é fazer com que os estudantes apreendam não só o conteúdo, mas também exercitem a capacidade de pensar criticamente a realidade que os cerca. Apresentaremos a seguir todas as diferenças, com um passo a passo completo e fácil do que deve compor um Plano de Aula e Ensino: Plano de Ensino Por onde começar? Itens do Plano de Ensino Plano de Aula Por onde começar? Planejando as aulas Itens do Plano de Aula Plano de Ensino Por onde começar? O planejamento e organização de uma disciplina tem início na elaboração do plano de ensino, afinal ele é o mecanismo que norteia a prática pedagógica, facilitando o desenvolvimento de uma disciplina curricular. Um plano de ensino pedagogicamente adequado é dinâmico, crítico e reflexivo, além de dialógico e flexível, no sentido de dar espaço para que os estudantes possam ajudar a construir as aulas. Não se trata aqui de transferir a responsabilidade do professor para o estudante, mas de ouvir o que os estudantes têm a dizer. Conforme a pedagogia da autonomia de Paulo Freire (2006): O processo pedagógico é uma relação dialética entre educador e educando, rompe com a visão tradicional do educador como o detentor do saber e o educando como aquele que irá aprender o saber transmitido pelo educador. Fonte de Imagem: Wikipedia O Plano de Ensino, também denominado Plano de Aprendizagem ou Projeto de Ensino, é a sistematização da proposta geral de trabalho de um professor num determinado componente curricular, eixo, módulo ou disciplina. Precisa responder às seguintes perguntas: O que ensinar? Para quem ensinar? Para que ensinar? Quando ensinar? Como ensinar? Que estratégias usar? Com quais recursos didáticos e tecnológicos? Como avaliar? O planejamento do ensino é a previsão das ações e procedimentos que o professor irá realizar junto aos seus estudantes, além da organização das atividades dos estudantes e das experiências de aprendizagem, visando aos objetivos educacionais estabelecidos. O Plano de Ensino da disciplina é elaborado a partir das orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), tendo como fundamento as metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Nesse processo de ensino-aprendizagem, os conhecimentos novos dialogam com os saberes, vivências e experiências dos estudantes, favorecendo aprendizagens significativas. Os docentes atuam como facilitadores e apoiadores no processo de aprendizagem. Ao elaborar o planejamento didático, o professor antecipa, de forma organizada, todas as etapas dos processos de ensino e aprendizagem. Cuidadosamente, identifica os objetivos que pretende alcançar, indica os conteúdos que serão desenvolvidos, seleciona os procedimentos que utilizará como estratégias de ação, organiza o cronograma e prevê quais os instrumentos que empregará para avaliar o progresso dos discentes. Itens do Plano de Ensino Considere incluir os seguintes itens: Dados de identificação da unidade curricular (curso, Departamento/Unidade Acadêmica, natureza e carga horária da unidade curricular, docente responsável) Ementa (sinopse do conteúdo) Objetivos (geral e específicos) Conteúdo programático Estratégias Educacionais (Métodos didáticos de ensino) Plataforma de ensino remoto Critérios de avaliação Cronograma (com detalhamento para 10 semanas) Bibliografia (básica e complementar) Em geral, o Plano de Ensino contém os objetivos gerais do componente curricular, integrado com os objetivos daquele momento da formação do estudante, relativos à construção/aquisição de conceitos, atitudes e habilidades. A aprendizagem centrada no estudante exige a construção de um itinerário pedagógico que possibilite a correlação dos conteúdos apresentados e discutidos na disciplina com as experiências e vivências dos alunos. Para tanto, os professores utilizam-se de um conjunto de estratégias pedagógicas diversificadas (vídeos, documentários, seminários, debates, aprendizagem em pares, leitura de textos, visitas a campo e elaboração do portfólio reflexivo e outras metodologias ativas). O processo é dinâmico e a avaliação é contínua, baseada no retorno dos estudantes. Além da definição das estratégias de ensino-aprendizagem (de preferência metodologias ativas), o Plano de Ensino estabelece os momentos, métodos, estratégias e critérios de avaliação. Finalmente, o Plano de Ensino deve apresentar um conjunto de referências bibliográficas cuidadosamente escolhidas, representativas do conhecimento atual, com base em sólida investigação científica. A complexidade da leitura sugerida deve ser coerente com o momento da formação e com o conhecimento prévio dos estudantes. Além disso, é essencial que as referências sugeridas possam ser lidas no tempo disponibilizado e que seu acesso seja garantido. Já dialogamos sobre o Plano de Ensino, compreendendo todas as etapas do planejamento didático. Agora, é o momento de refletirmos sobre a organização de planos de aulas ou sequências didáticas. Plano de Aula Por onde começar? O Plano de Aula é o recorte do Plano de Ensino para um ponto específico do programa, contendo a proposta de trabalho do professor para uma determinada aula ou conjunto de aulas. É através do plano de aula que o professor sistematiza o conteúdo de cada momento, listando objetivos, metodologia e bibliografia. No Plano de Aulas, o professor especifica e operacionaliza os procedimentos para a concretização do Plano de Ensino elaborado para as atividades a serem vivenciadas no semestre ou ano letivo. Ao planejar uma aula, o docente seleciona os conteúdos que são conhecimentos socialmente produzidos e agrupados em blocos definidos de acordo os campos conceituais. Os conteúdos podem ser fatos conceituais, habilidades e atitudes. Por isso, eles podem ser abordados em três categorias: Conceituais: Envolvem fatos, conceitos e princípios (teoria e princípios); Apreensão de conhecimento; Significado do saber sem si; compreender; saber o que é. Habilidades: Envolvem procedimentos, ou seja, a ação do saber fazer; Procedimento que o estudante vai ter diante do conteúdo; Praticar; saber como fazer. Atitudinais: Envolvem abordagem de valores normais e atitudes; Atitude que vai passar a ter em relação ao conteúdo; Posicionamento; opinião; saber ser; saber escolher. Planejando as Aulas No livro "Diálogos com Docentes sobre Ensino Remoto e Planejamento Didático" (2020) estimula-se a reflexão sobre os seguintes itens no momento do planejamento: Perfil dos estudantes: Pense no perfil do discente, nas suas expectativas, na diversidade de ritmos e estilos de aprendizagem. Considere as particularidades do público participantes e tente planejar sua aula com base nesse diagnóstico inicial. Se for possível, considere o perfil do egresso. Conteúdo programático: Com base no perfil dos estudantes, tente pensar em um tema gerador, ou seja, sua aula tratará sobre o quê? Que assunto será priorizado? Selecione os conteúdos propostos para a aula. Considere a articulação entre o que você está propondo e as expectativas dos participantes. Objetivos: Pense no objetivo principal da aula (objetivo geral) e nos objetivos específicos. Que metas você pretende atingir? O que você espera alcançar? Reflita sobre a aprendizagem dos estudantes. Elabore objetivos didáticos com foco na aprendizagem ativa deles. Competências: O que você deseja que os estudantes consigam aprender? Que competências o discente deverá construir? Metodologia: Quais serão os caminhos que você irá utilizar para facilitar a construção das competências por parte dos estudantes? Que situações didáticas de ensino-aprendizagem você irá desenvolver? Pense em situações que incitem a criatividade e o protagonismo do discente. Motive o estudante à reflexão por meio de uma metodologia ativa de trabalho direcionada à aprendizagem significativa. Recursos didáticos/tecnológicos: Materiais didáticos, roteiros de estudos, games, recursos audiovisuais, recursos educacionais abertos (REA), vídeos, quiz, simulações, rotinas de pensamento? Quais os recursos materiais e didático-pedagógicos que irão auxiliar o seu trabalho? Avaliação: Pense nos critérios e nos instrumentos de avaliação. Tente diversificar os instrumentos (testes, exercícios, pesquisas, debates presenciais e virtuais, fórum de discussões, artigos, projetos, resumos, resenhas, seminários, etc). Estimule o estudante à autoavaliação. Incentive a avaliação de todo o processo (do seu trabalho como docente, os papéis e os desempenhos dos colegas estudantes, os materiais usados, as estratégias e os recursos didáticos etc.) Itens do Plano de Aula Considere incluir os seguintes itens: Dados de identificação da aula (Disciplina, título da aula, docente responsável e data) Objetivos Educacionais (geral e específicos) Estratégias Educacionais (Métodos didáticos de ensino) Conteúdos Gestão do Ambiente de Aprendizagem (organização do espaço de aula, recursos/amteriais e regras específicas) Sistema de Avaliação (critérios de avaliação e instrumentos avaliativos) Bibliografia (básica e complementar) O planejamento educacional precisa ser considerado em sua complexidade. A complexidade deriva principalmente da necessidade constante de atualização e customizações dos planos de ensino e aula, assim como uma dedicação de tempo. Além do conhecimento didático e pedagógico específicos para cumprir as etapas do planejamento educacional, para que a integração de metodologias ativas seja possível, é necessário o estudo constante e aperfeiçoamento para conhecer cada vez mais recursos e ferramentas didáticas de ensino. Referências: Reis FJC dos, Panúncio-Pinto MP, Vieira MNCM. Planejamento educacional. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 3 de novembro de 2014 [citado 10 de outubro de 2022];47(3):280-3. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/86616. Oliveira MSL, et al. Diálogos com docentes sobre ensino remoto e planejamento didático. Recife: EDUFRPE, 2020. Enviei para seu amigo que precisa ver esse post!

  • 6 Tendências da Educação Ativa do futuro

    Todos os anos esse post é atualizado após uma pesquisa ampliada com informações não só do Brasil, mas também mundiais. E o que temos comprovado nesses 5 anos, é que nossas pesquisas não falam. Veja abaixo as 6 tendências em educação a serem observadas em 2024: O ensino em todo o mundo está prestes a ser impactado devido ao avanço da tecnologia. A tecnologia irá desempenhar um papel fundamental na educação, entrega, distribuição de conteúdo e avaliação dos alunos. A educação é um dos segmentos mal atendidos que podem ser aprimorados com a ajuda da adoção da tecnologia. Ela pode ajudar o educador a tornar o ensino dinâmico, relevante e conectado ao mundo real ou prático. Aqui está a lista de tendências que moldará a Educação Ativa no ano vindouro: 1- Intervenção Baseada na Comunidade: Aprendizagem Autodirigida Cada revolução industrial mudou a natureza do trabalho e dos empregos de maneiras surpreendentes. A atual 4ª Revolução Industrial poderá ter um impacto incrível em 50% dos empregos, uma vez que o enorme progresso tecnológico leva a mudanças na forma como as pessoas realizam o seu trabalho. Os profissionais que desejam permanecer competitivos em seu ambiente precisarão se requalificar constantemente. Não podem presumir que a educação que obtiveram na primeira metade da sua carreira profissional será tudo o que necessitam para o resto da sua vida profissional. Em vez disso, a obtenção de um diploma deve ser seguida de aprendizagem contínua. Isso exige que as instituições criem uma mentalidade de autodesenvolvimento em seus alunos, bem como em seus professores e funcionários. As salas de aula devem deixar oportunidades para o ensino de habilidades de autoaprendizagem para que os alunos possam continuar a aprender e se envolver nas áreas escolhidas. As escolas que aprendem a dominar estas competências, no entanto, têm a oportunidade de permanecer ligadas aos seus ex-alunos ao longo das suas carreiras. Podem oferecer cursos de aprendizagem contínua que manterão os seus antigos alunos envolvidos com os novos desenvolvimentos nas suas áreas e garantirão que continuem a regressar à escola para obterem o apoio e a educação de que necessitam. Isto oferece oportunidades para as escolas crescerem à medida que criam novos programas e oportunidades de aprendizagem de adultos para ajudar os seus ex-alunos a prosperar num espaço profissional em mudança. À medida que a tecnologia muda a sociedade, tem um impacto dramático na forma como as pessoas ganham e se preparam para as suas carreiras profissionais. As instituições que aprenderem a permanecer no topo destas mudanças posicionar-se-ão para o crescimento e o sucesso. Considere como estas tendências podem impactar a educação e o que elas significam para o avanço das instituições de ensino superior. 2- Educação Experiencial e Aprendizagem Adaptativa Estamos vendo uma mudança em direção à aprendizagem experiencial – ensinando os aprendizes por meio de experiência prática, em vez de apenas por meio de livros didáticos e palestras. Isto pode assumir muitas formas, desde viagens de campo a estágios e projetos de serviço. Esse tipo de ensino permite que os alunos apliquem o que aprenderam em situações do mundo real e os ajuda a reter informações melhor do que os métodos de ensino tradicionais. A aprendizagem adaptativa baseia-se na ideia de que cada aluno aprende de forma diferente e ao seu próprio ritmo, pelo que os professores devem utilizar métodos diferentes para chegar a cada aluno individualmente. Esta forma de aprendizagem individualizada pode preparar os alunos para empregos no futuro e equipá-los com competências que desenvolvam a sua resiliência e competências. 3- Ensino Híbrido O aprendizado combinado (ou híbrido) é mais do que tablet na sala de aula e aplicativos animados para manter os alunos com conhecimento em tecnologia estimulados e interessados. É um modo de aprendizado que é a única resposta se queremos manter todos os benefícios do aprendizado presencial com a flexibilidade do aprendizado personalizado. O aprendizado híbrido permite alinhar muitos horários divergentes, combinando ritmos variados de diferentes alunos e uma variedade de tipos de conteúdo. Ainda assim, é crucial que o educador forneça instruções e feedback sobre a navegação nessas atividades. 4- Gamificação da Educação A gamificação tem sido uma palavra de ordem imensa há anos, mas as possibilidades dessa abordagem são frequentemente descartadas como superficiais, porque são amplamente mal compreendidas. Pulverização de jogos aqui e ali para aumentar o engajamento ou recompensar os alunos por serem pacientes não é o objetivo da gamificação. Devemos lembrar que o aprendizado é inerentemente divertido - o cérebro humano está preparado para responder positivamente à descoberta, reconhecimento de padrões, risco e representação de papéis. O aprendizado se torna entediante quando deixa de ser dinâmico, divertido e orientado à descobertas e se torna algo que é feito para os alunos. As semelhanças fundamentais de aprendizado e jogos são exploração, reconhecimento de padrões, descoberta e senso de progresso. A educação gamificada não passa de um aprendizado que recuperou todas essas coisas. Competitividade, cooperação, tomada de decisão, escolhas de troca, feedback imediato, o progresso que é uma recompensa em si e a alegria no processo de aprendizado são os destaques do aprendizado adequadamente gamificado. Os alunos encontram satisfação em aumentar seus conhecimentos em vez de "obter" uma nota. Eles aprendem porque é uma coisa divertida de se fazer, e não por chegar ao ponto em que sabem disso e aquilo. Assim como jogamos para nos divertir - para não terminar o jogo o mais rápido possível ou obter uma pontuação impressionante. 5- Facilitar a aprendizagem vs Ensinar À medida que a tecnologia cresceu, também mudou a forma como os professores se relacionam com os estudantes e as salas de aula. Com uma riqueza de informações ao seu alcance, os aprendizes hoje têm as ferramentas para descobrir uma enorme quantidade de fatos e conhecimentos de forma independente. Neste ambiente, muitos estudantes valorizam menos um método de entrega de cima para baixo. Em vez disso, os professores funcionam agora mais num papel facilitador. Seu trabalho evoluiu lentamente para uma posição em que ajudam os alunos a compreender como aprender, a amar aprender e como descobrir e compreender as informações que encontram. Isto pode apresentar alguns desafios para os professores, que devem desenvolver as suas próprias competências interpessoais de liderança e resolução de problemas. Eles devem aprender como promover conversas e criar um ambiente que valorize o trabalho em equipe. Os melhores professores serão aqueles que puderem ajudar os estudantes a se apropriarem de sua aprendizagem. À medida que os professores se envolvem mais no processo de aprendizagem do aluno, também se encontrarão em posição de receber feedback imediato sobre a sua eficácia no ensino. Sua capacidade de nutrir e facilitar essas habilidades em sala de aula se tornará óbvia rapidamente à medida que a turma avança no material. Os professores que desejam focar mais no desenvolvimento dos alunos, em vez de simplesmente na entrega de conhecimento, acharão este novo modelo extremamente gratificante. 6- Treinamento em Realidade Virtual A realidade virtual pode ser usada para aprimorar o aprendizado e o envolvimento dos alunos. A educação em RV pode transformar a maneira como o conteúdo educacional é entregue. Ela trabalha com a premissa de criar um mundo virtual - real ou imaginário - e permite que os usuários não apenas o vejam, mas também interajam com ele. Estar imerso no que se está aprendendo motiva o aluno a entendê-lo completamente. Isso exigirá menos carga cognitiva para processar as informações. Imagine um estudante de biologia que possa ver um esqueleto tridimensional à sua frente no formato 3D. Os alunos podem usar óculos para vê-lo e experimentá-lo. Toda a estrutura dos ossos pode ser facilmente aprendida rapidamente, usando RV. As ferramentas de RV são capazes de projetar algo abstrato ou difícil de entender a partir de um diagrama plano e torná-lo real - seja um modelo 3D do sistema Solar, uma forma geométrica completa com fórmulas e explicações ou um esquema do sistema nervoso humano. Para ter uma ideia de como a RV facilitará o aprendizado, decidi dar uma olhada em alguns dos exemplos mais notáveis ​​de como a realidade virtual já está sendo usada por escolas e instituições de ensino em todo o mundo: Visitas de campos virtuais: Muitas escolas começaram a usar o Google Expeditions para transportar estudantes para partes distantes e até inacessíveis do planeta; Imersão na linguagem: Uma das melhores maneiras de aprender um novo idioma é por imersão total, pois isso exige que os alunos escutem e falem o idioma que estão aprendendo o dia todo, todos os dias.; Treinamento de habilidades: As simulações de realidade virtual também podem ajudar os alunos a aprender habilidades práticas, e um dos maiores benefícios para treinar pessoas dessa maneira é que os alunos podem aprender com cenários realistas sem o risco de praticar uma habilidade desconhecida em uma situação descontrolada da vida real; Teorias filosóficas: Mesmo teorias filosóficas podem ser trazidas à vida com realidade virtual. A Escola Sevenoaks, no Reino Unido, começou recentemente a usar fones de ouvido RV em suas aulas de filosofia como uma maneira de apresentar aos alunos o argumento dos sonhos do filósofo francês Rene Descartes; Arquitetura e design: O hardware Oculus Rift possibilita aos arquitetos levar modelos 3D gerados por computador e colocar visualizadores nesses modelos 3D para dar vida aos seus planos. Encerro com uma reflexão: A próxima grande novidade da educação não depende mais somente da tecnologia, mas da decisão do educador de avançar e adotar essas tecnologias dentro da sala de aula. O objetivo global deve ser tornar o conhecimento disponível, acessível e aplicável para todos no planeta. #educar #metodologiasativas #starteducacao #tendênciaeducacional #usodetecnologia #tendência2024 #trendeducation ____________________________ Compartilhe conhecimento nas suas redes sociais:

  • Gamificação x Aprendizagem Baseada em Jogos: Você sabe a diferença?

    A gamificação e a Game based learning (GBL) ou aprendizagem baseada em jogos são abordagens distintas, embora ambas estejam relacionadas ao uso de elementos de jogo no contexto educacional. Aqui estão as principais diferenças entre gamificação e aprendizagem baseada em jogos: Um resumo muito conhecido descrito por Kapp (2012): “Gamificação é o uso de mecânicas, estética e pensamentos dos games para envolver pessoas, motivar a ação, promover a aprendizagem e resolver problemas”. A Aprendizagem Baseada em Jogos é uma metodologia que permite a criação e uso de games para finalidades didáticas. Óbvio que, mesmo tendo como missão facilitar a aprendizagem, os jogos não perdem seu caráter lúdico e desafiador, despertando a curiosidade e o interesse por parte dos estudantes. Dividimos as diferenças em 5 seções: Escopo e Abordagem Objetivos Design Complexidade Tempo de implementação Escopo e Abordagem: Gamificação: Envolve a incorporação de elementos de jogo, como pontos, distintivos/emblemas, classificações e desafios, em contextos não relacionados a jogos para motivar e envolver os participantes. Pode ser aplicada a uma ampla variedade de atividades e não requer a criação de um jogo completo. Aprendizagem Baseada em Jogos: Centra-se na utilização de jogos completos ou simulações para facilitar a aprendizagem. Os jogos são projetados com objetivos educacionais específicos e proporcionam uma experiência imersiva para os participantes. Objetivos: Gamificação: Geralmente, tem como objetivo motivar, engajar e recompensar os participantes em atividades não relacionadas a jogos, como treinamento corporativo, educação formal, ou até mesmo em aplicativos e websites. Aprendizagem Baseada em Jogos: O principal objetivo é proporcionar um ambiente de aprendizagem onde os participantes possam adquirir conhecimentos e habilidades específicos por meio da interação com o jogo. Um ótimo exemplo de games comerciais aplicados à educação é o Minecraft. Criado em 2009, virou rapidamente febre entre o público infantojuvenil. A plataforma apresenta ótima jogabilidade e uso ilimitado, o que levou muitos professores a explorar o jogo em sala de aula. Em 2016 o jogo recebeu uma nova versão, “Minecraft: Education Edition”, onde os cenários fictícios foram substituídos por réplicas do mundo real. Atualmente, o jogo alcança aulas no ensino superior e na educação corporativa. Design: Gamificação: Pode ser incorporada em sistemas existentes, muitas vezes de maneira superficial, adicionando elementos de jogo para tornar as atividades mais envolventes. Aprendizagem Baseada em Jogos: Requer um design mais elaborado e específico para criar uma experiência de jogo completa, considerando narrativa, mecânicas de jogo e desafios que estejam alinhados com os objetivos de aprendizagem. Complexidade: Gamificação: Geralmente é menos complexa do que a criação de um jogo completo. Os elementos de jogo são adicionados para tornar a experiência mais atraente, mas o foco principal pode permanecer na atividade principal. Aprendizagem Baseada em Jogos: Pode envolver o desenvolvimento de jogos complexos, com níveis, personagens, enredos e desafios, para garantir uma experiência de aprendizagem imersiva e eficaz. Tempo de Implementação: Gamificação: Pode ser implementada mais rapidamente, uma vez que envolve a adição de elementos de jogo a sistemas existentes. Aprendizagem Baseada em Jogos: Geralmente requer mais tempo e recursos para o desenvolvimento de jogos personalizados e alinhados aos objetivos educacionais. Ambas as abordagens têm seu lugar e podem ser escolhidas com base nos objetivos específicos de aprendizagem e nas preferências dos participantes. Gamificação é muitas vezes usada em situações em que a implementação de um jogo completo pode não ser viável, enquanto a Aprendizagem Baseada em Jogos é escolhida quando se busca uma experiência de aprendizagem mais imersiva e focada. Veja a videoaula (9'51'') em que explico sobre Gamificação aplicado ao ensino Mas será que só esses aspectos são justificáveis para utilizarmos a estratégia de gamificação na educação? Antes de você ficar na dúvida, vamos entender como os jogos podem auxiliar nosso cérebro. Retenção da aprendizagem: o jogo aumenta a excitação, é o que a Dra. Amy FT Arnsten, professora de neurobiologia e psicologia da Universidade de Yale, afirma. Segundo ela, o córtex pré-frontal (PFC), região que direciona e sustenta a atenção, necessita de doses de estímulos para que consiga aumentar a atenção quando recebe informações relevantes e filtrar as distrações. Assim, uma informação emocionalmente excitante possibilita uma melhor codificação da memória, ou seja, da retenção e recuperação de informações. O aprendente é envolvido e cativado, preparando-se e disponibilizando-se a aprender. Processo de aprendizagem: o córtex pré-frontal tem um limite, que exaure sempre que precisamos focar nossa atenção para algo como aprender. Quando chegamos a esse limite ficamos cansados e nos dispersamos. Pesquisadores afirmam que ações que quebram a rotina de uma tarefa auxiliam a capacidade de se concentrar na tarefa por período maior. Ou seja, a mudança de uma tarefa principal para uma segunda pode melhorar o desempenho na tarefa principal. Considerações Finais Gamificação é a utilização de um ou mais elementos dos jogos para comunicar/transmitir alguma informação ou conhecimento. O uso de jogos no contexto educacional possibilita a motivação, maior engajamento e disponibilidade do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Entre os benefícios do uso de jogos na educação podemos verificar: processo de ensino-aprendizagem, a retenção da aprendizagem relacionada à memória e a participação e eficácia da aprendizagem. Referências: Ghai, A., Tandon, U. Integrando Gamificação e Design Instrucional para Melhorar a Usabilidade da Aprendizagem Online. Educ Inf Technol 28, 2187–2206 (2023). https://doi.org/10.1007/s10639-022-11202-5 Hussein H, Zamzami Z, Kingsley O, Robin RM, Xiao H, Samuel Kai WC, Samira H. Melhorar o ensino e a literacia em saúde sexual com jogos sérios e intervenções de gamificação: uma perspectiva para os resultados de aprendizagem dos alunos e as diferenças de género. Interactive Learning Environments,31:4,2392-2410 (2023). https://doi.org/10.1080/10494820.2021.1888754 Jaskari, M.-M., & Syrjälä, H. Um estudo de métodos mistos das motivações e elementos de gamificação dos estudantes de marketing. Journal of Marketing Education, 45(1), 38-54 (2023). https://doi.org/10.1177/02734753221083220 Kapp, K M. The gamification of learning and instruction: game-based methods and strategies for training and education. San Francisco: Pfeiffer, 2012. Nietfeld,JL; Sperling, RA; Young TM. Mais do que apenas diversão e jogos: o papel dos jogos na educação superior para apoiar a aprendizagem autorregulada. Novos rumos para ensino e aprendizagem, 2023. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/tl.20547

  • Tutoria na Planificação: o que é, tipos e exemplos

    Tutoria é a ação de fornecer suporte de forma personalizada para uma pessoa ou grupo de pessoas. Ocorre por meio do apoio de um profissional/professor experiente. Essa pessoa, que exerce a função de tutor, dedica-se a melhorar a experiência e a qualidade do aprendizado. A tutoria não surgiu na Planificação em Saúde, mas a metodologia da planificação utiliza essa tecnologia educacional para apoio aos profissionais e equipes de saúde para a organização dos processos de trabalho nas unidades de saúde. Neste post vamos explorar o conceito, discutir diferentes tipos de tutoria na Planificação da Atenção à Saúde e fornecer exemplos práticos. Seção 1: O Que é Tutoria na Planificação Seção 2: Tipos de Tutoria na Planificação Seção 3: Exemplos Práticos de Tutoria na Planificação Seção 4: Como Encontrar um Tutor de Planificação Seção 1: O Que é Tutoria na Planificação Tutoria é a ação de fornecer suporte de forma personalizada para uma pessoa ou grupo de pessoas. Ocorre por meio do apoio de um profissional/professor experiente. A metodologia da planificação utiliza essa tecnologia educacional para apoio aos profissionais e equipes de saúde para a organização dos processos de trabalho nas unidades de saúde Planificação da Atenção à Saúde (PAS) é uma estratégia de gestão, planejamento e organização tanto da Atenção Hospitalar (AH), quanto Atenção Primária à Saúde (APS)e Atenção Ambulatorial Especializada (AAE). Atualmente, a implantação da PAS no Brasil ocorre por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), e está presente em: + de 20 unidades federativas 56 regiões de saúde 384 municípios brasileiros As instituições privadas que tem parceira pública através do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Ministério da Saúde (Proadi-SUS) são: Hospital Israelita Albert Einstein - PlanificaSUS Beneficência Portuguesa de São Paulo Umane Além disso, existem iniciativas de secretarias estaduais de saúde que conduzem de forma independente a implantação da PAS em seus territórios, como os casos de Minas Gerais e Paraná. Mas o que tem a ver "tutoria" com "planificação"? A PAS apresenta um modelo lógico para sua implantação, que, em nível de serviços de saúde, ocorre por meio da tutoria. Os tutores são figuras-chave para apoiar as equipes de saúde na implantação ou redesenho de processos. Segundo Mendes (2019), os tutores devem ter domínio sobre os processos que serão implantados e ter experiência de "chão de fábrica”, liderança de equipe e assistência aos pacientes e usuários. O papel do tutor não é gerencial ou de fiscalização, mas sim de um apoio técnico operacional e educacional às equipes de saúde. Em resumo, a PAS utiliza as tutorias de forma presencial e a distânci. Nos serviços públicos utiliza-se dos espaços para a educação permanente. E além da própria Metodologia da Planificação da Atenção à Saúde, tem como referencial teórico o Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC), o modelo de melhoria contínua, o gerenciamento de processos e a educação tutorial. Saiba Mais: Acesse o livro do CONASS Documenta: Planificação da Atenção à Saúde Seção 2: Tipos de Tutoria na Planificação A implantação das melhorias proposta pela PAS implica na utilização de diferentes tipos de tutoria enquanto estratégia educacional. Oficinas tutoriais Facilitação de workshop e cursos curtos Momentos de dispersão Liderar agendas de educação permanente em saúde Oficinas Tutoriais São realizadas em campo, nas unidades de saúde. Pode alternar entre momentos presenciais e de dispersão (acompanhamento à distância), estes com tarefas bem definidas a serem executadas. Dispersão é o período em que as equipes de saúde trabalham nas melhorias do serviço sem a presença do tutor. Facilitação de Workshop e cursos curtos São momentos de desenvolvimento teórico conceitual com todos os profissionais da unidade de saúde (recepcionistas, agentes comunitários de saúde, enfermeiros, médicos, odontólogos, maqueiros, porteiros, técnicos de enfermagem, ou seja, todos os profissionais). Tem por objetivo principal alinhar conceitos e promover reflexões acerca dos processos que serão organizados na tutoria. Momentos dispersão Desenvolvimento das atividades à distância, devendo o tutor manter contato com os profissionais dos serviços durante todo o período de dispersão. Nesse tipo, as equipes acompanhadas pelos tutores realizam as atividades alinhadas anteriormente com o tutor. Liderar agendas de educação permanente em saúde O tutor é um educador na área da saúde. Manter-se atualizado na prática dos processos que estão sendo organizados é uma atitude importante para um tutor da planificação. Liderar e estimular as agendas de educação permanente, como por exemplo, cursos de atualização para a planificação, também é um tipo de tutoria Saiba Mais: Conheça o curso gratuito de Atualização em Tutoria na Planificação à Saúde produzido pelo PlanificaSUS Seção 3: Exemplos Práticos de Tutoria na Planificação Após 10 anos de iniciativas de Planificação da Atenção à Saúde em mais de 20 UFs brasileiras, existem muitos exemplos exitosos de municípios que se beneficiaram e melhoraram seus processos de trabalho através da tutoria nos serviços de saúde da rede. Exemplos: Supervisão in loco utilizando o diálogo e ferramentas de melhoria para acompanhar as atividades de acordo com às normas e recomendações vigentes; Acompanhar as melhorias do registro no prontuário e nos sistemas de informação, identificando inconformidades e propondo as ações corretivas; Avaliar as inconformidades identificadas, analisar os seus fatores causais, priorização e elaboração de um plano de ação, seguindos os passos do ciclo do Planejar-Fazer- Estudar-Agir (PDSA). Saiba Mais: Leia os Relatos de Experiências de diversos Estados e municípios que estão aplicando a metodologia da planificação para aperfeiçoar seus processos de trabalho na saúde Seção 4: Como Encontrar um Tutor de Planificação Como já dito, os tutores são profissionais de saúde do próprio serviço, servidores ou pessoas contratadas. Pessoas em que é perceptível algumas características: Desenvoltura para facilitar a construção de novos conhecimentos; Conhecer a metodologia da planificação e ter domínio sobre os processos do serviço de saúde; Ter atitude crítica e criativa no desenvolvimento de suas atribuições; Estimular a resolução de problemas; Possuir capacidade de inovação; Estabelecer relações empáticas com seus interlocutores; Apresentar atitude pesquisadora; Ser capaz de abrir caminhos para a expressão e a comunicação; Ser hábil na mediação de uma aprendizagem dinâmica e ativa. Para os gestores de saúde comprometidos em melhorar a qualidade dos serviços oferecidos em seus estados, municípios e unidades de saúde, a chave para alcançar um patamar elevado na planificação da saúde é o desenvolvimento e treinamento da sua equipe. Pois é justamente a equipe técnica e os tutores que farão a "roda da planificação" girar. Imagine a transformação que uma consultoria especializada em desenvolvimento e treinamento na temática da planificação pode proporcionar! Essa solução não apenas oferece uma abordagem direcionada para superar desafios da Educação Permanente da sua equipe, mas também oferecer apoio no planejamento e execução do seu plano de desenvolver sua equipe para colocar em prática a metodologia da planificação. Imagine ter acesso a um arsenal de conhecimento e práticas de vanguarda, adaptados especificamente para as demandas únicas de sua região. Isso não é apenas vantajoso, é o combustível para uma revolução na qualidade dos cuidados de saúde. A consultoria em educação na saúde oferece um mapa claro, orientado por especialistas, para a implementação de estratégias eficazes. Além disso, a consultoria para o Planejamento da Educação Permanente fornece um suporte sólido, não apenas para enfrentar os desafios atuais, mas também para antecipar e prevenir obstáculos futuros. É a hora de trilhar o caminho do sucesso na planificação da saúde. Seja a(o ) líder que não apenas sonha com a mudança, mas com a realização. Conquiste resultados impactantes, otimize recursos e proporcione o melhor atendimento possível à comunidade. Juntos, vamos moldar um futuro de saúde mais brilhante e acessível para todos. Referências: Mendes, EV. A construção social da atenção primária à saúde [Internet]. Brasíla, DF: Conselho Nacional de Secretários de Saúde; 2019. Disponível em: https://www.conass.org.br/biblioteca/a-construcao-social-da-atencao-primaria-a-saude-2a-edicao/ Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. PlanificaSUS: Guia para desenvolvimento do tutor - Etapa 4 - Gestão do Cuidado / Hospital Israelita Albert Einstein: Diretoria de Atenção Primária e Redes Assistenciais: São Paulo. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://planificasus.com.br/arquivo-download.php?hash=8e6b6adfa0249efe306969b84ac1405a00683c38&t=1660926227&type=biblioteca

  • MOOC gratuitos de educação e aprendizagem

    MOOCs da categoria educação e aprendizagem Esta é uma lista de MOOCs gratuitos sobre educação e aprendizagem. Todos esses MOOCs permitem que uma pessoa aprenda de graça. Todos os cursos listados estão relacionados à educação e podem ajudar uma pessoa motivada a obter conhecimentos importantes para uma melhorar conhecimento e habilidades sobre didática, gestão educacional e comunicação. Um MOOC é um curso on-line aberto massivo. Cada MOOC é um curso online voltado para participação ilimitada e acesso aberto via web. Além dos materiais tradicionais do curso, como palestras filmadas, leituras e conjuntos de problemas, muitos MOOCs fornecem fóruns de usuários interativos para apoiar as interações da comunidade entre alunos, professores e assistentes de ensino. (Página MOOCs da Wikipédia) A lista contém apenas cursos online que não exigem nenhum pagamento dos alunos para fazer o curso. Alguns dos certificados exigem pagamento, mas todos os listados aqui serão, no mínimo, gratuitos para os alunos se inscreverem e concluírem. Todos os MOOCs listados estarão relacionados a aprendizagem, metodologias ativas, comunicação, criatividade, neurociência na educação e ciências cognitivas. #educaçãoaberta #educação #ead #activelearning #tecnologiaeducacional MOOCs de educação disponíveis para serem realizados agora ou no futuro Curadoria da autora (para você ; ) Segue uma lista caprichada para você aproveitar o que há de mais criativo e inovador na área da educação dentre os cursos MOOCs: Líderes de Aprendizagem - Harvard University Pensamento Criativo - Pontificia Universidad Javeriana da Colombia Storytelling para mudança social - University of Michigan O que funciona na educação: políticas de educação baseadas em evidências - Inter-American Development Bank (BID) Introdução às tecnologias para educação - Universitat Politècnica de València, Espanha Planejamento didático por competências - Universidad Anáhuac, México Métodos de pesquisa qualitativa: codificação e análise de dados -Massachusetts Institute of Technology (MIT) Design Thinking para Liderar e Aprender - Massachusetts Institute of Technology (MIT) Usando e-mail para network em inglês - University of Washington Introdução à Educação Aberta - University of Texas Arlington Sinapses, Neurônios e Cérebros - Hebrew University of Jerusalem Conversas eficazes em sal de aula - Stanford University Tornar o pensamento visível: usando a avaliação formativa para transformar o ensino e a aprendizagem - Stanford University Excelência em Ensino Online - Johns Hopkins University Fundamentos do Ensino para a Aprendizagem: Planejando o Ensino e a Aprendizagem - Commonwealth Education Trust Envolvendo os alunos por meio da Aprendizagem Cooperativa - Stanford University Aqui estão alguns sites que oferecem MOOCs gratuitos cobrindo vários tópicos: Khan Academy Coursera EdX Udacity Future Learn Udemy Stanford on-line Adicione um MOOC relacionado à educação e aprendizagem a esta lista Se você conhece um MOOC relacionado à educação e aprendizagem que é gratuito para os alunos, informe-nos enviando um e-mail para [ contato.starteducacao@gmail.com ] Sobre a edX (sim... tenho a minha preferida!) Em 2012, enquanto a Internet possibilitava inovação em escala em uma vasta gama de setores, o ensino superior alcançava apenas uma pequena fração das mentes curiosas do mundo. Uma tarde, em um laboratório do MIT, o professor Anant Agarwal e seus colegas do MIT e de Harvard esboçaram um experimento de longo alcance: uma plataforma que ofereceria seus cursos online, gratuito, com REA a qualquer pessoa à altura do desafio. Três compromissos com o mundo têm fundamentado o edX desde o primeiro dia: Aumentar o acesso à educação de alta qualidade para todos, em qualquer lugar; Aprimorar o ensino e a aprendizagem no presencial e online; Ensino e aprendizagem avançadas por meio da pesquisa. A Educação Aberta defende que todos os indivíduos têm o potencial de criar mudanças, seja em sua vida, em sua comunidade ou no mundo. O poder transformador da educação é o que desbloqueia esse potencial. No entanto, o acesso à educação de alta qualidade tem sido um privilégio de poucos. Grandes universidade do mundo se conectaram para mudar o que era “para alguns” e tornar “para todos”. Ao abrir a sala de aula por meio do aprendizado online, o edX capacita milhões de alunos a liberarem seu potencial e se tornarem agentes de mudança. Hoje , as parcerias da plataforma incluem aulas de universidade como Berkeley of California, The University of Texas System, Boston e Maryland. Essas são algumas entre as mais de 160 universidades membro. Comente aqui também se você tem algum curso MOOC "fora da caixa" que você conheça ; )

  • Harvard e MIT vendem plataforma de cursos MOOC edX

    De Harvard à MIT, confira os detalhes na negociação e os melhores cursos online gratuitos na área da educação através de uma curadoria pessoal de dentro da edX. Compartilho com você 10 cursos online gratuitos “fora da caixa” e criativos. As sugestões estão ao final do texto. #educaçãoaberta #educação #ead #activelearning #tecnologiaeducacional Como estratégia para fortalecer a missão de combater a desigualdade educacional, a Universidade de Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) venderam a plataforma edX por $800 milhões para a companhia de tecnologia educacional 2U. A aquisição dará capacidade para a plataforma alcançar mais de 50 milhões de alunos em todo o mundo. No fim do mês de junho (29), o editorial Harvard Gazette anunciou que a 2U planeja operar a edX como uma entidade de benefício público, o que significa que, além de criar valor para os acionistas, a edX também fornecerá um benefício público específico - neste caso, cursos online, alguns dos quais são ofertados no formato de aluno ouvinte de forma gratuita. A plataforma edX é um site que tem objetivo de tornar mais acessíveis os cursos de instituições de ensino superior do mundo todo, conhecidos também como MOOC. Atualmente, ela contém milhares de cursos que podem ser assistido online por qualquer pessoa. Curso Online Aberto e Massivo, do inglês Massive Open Online Course (MOOC) é um tipo de curso aberto oferecido por meio de ambientes virtuais de aprendizagem, e que utilizam Recursos Educacionais Abertos (REA) nas suas aulas, que visam oferecer para um grande número de alunos a oportunidade de ampliar seus conhecimentos. O MOOC é um desenvolvimento recente na área de educação a distância, e uma progressão dos ideais de educação aberta. De Harvard à Oxford, confira os melhores cursos online gratuitos na área da educação através de uma curadoria pessoal de dentro da edX. Compartilho com você 10 cursos online gratuitos “fora da caixa” e criativos. As sugestões estão ao final do texto. EdX após a venda A transação ainda não está totalmente concluída e deve ser finalizada em 120 dias. HarvardX (MOOC Harvard) permanecerá parte de Harvard, e a instituição continuará a produzir cursos que podem ser oferecidos por meio do edX. O reitor da Universidade de Harvard, Alan M. Garber observou que, durante a pandemia, grande parte do ensino em Harvard foi conduzido remotamente. E ele disse suspeitar que: “as atividades de ensino online continuarão com um entusiasmo ainda maior no futuro” Garber apontou que globalmente, “a pandemia aumentou muito a demanda por cursos online. Isso não significa que tudo estará online para todos”. Ele faz parte do grupo que acredita que a forma mais eficaz de aprendizagem para muitos alunos será uma combinação de excelentes cursos online com instrução presencial complementar. Ele acrescentou que a 2U tem os recursos para cumprir a missão da edX de incluir acesso a cursos gratuitos e de baixo custo para diversos alunos com inovação contínua e em uma escala maior do que é facilmente alcançável para uma organização sem fins lucrativos. Com o enorme aumento na demanda e as inovações contínuas na oferta de educação online somente com grandes investimentos de capital seria possível manter a excelência do edX, continuou Garber. Em uma avaliação compartilhada na Harvard Gazette , ele disse que a edX corria o risco de ficar para trás, pois os provedores de educação online com fins lucrativos investem em novas plataformas e cursos. Em uma declaração conjunta, o presidente de Harvard, Lawrence S. Bacow, e o presidente do MIT, Rafael Reif, disseram: “Nossas universidades fundaram a edX há quase dez anos para aumentar as aspirações de educação online e tornar os cursos universitários acessíveis a alunos em todo o mundo.” E afirmaram que a negociação levará adiante a missão originadora do projeto para uma escala totalmente nova, conectando muito mais alunos com uma gama mais ampla de opções de alta qualidade para conteúdo, credenciais e diplomas. Reiteraram que com a educação online mudando rapidamente, este é o momento certo para este salto de evolução para edX. Assim, “ao mesmo tempo, a organização sem fins lucrativos que emerge dessa transação permitirá que nós e nossos parceiros apoiem a inovação que aprimora o aprendizado para todos e, esperamos, desempenhar um papel catalítico para preencher a lacuna de aprendizado que existe para muitos no mundo”. Sobre a edX Em 2012, enquanto a Internet possibilitava inovação em escala em uma vasta gama de setores, o ensino superior alcançava apenas uma pequena fração das mentes curiosas do mundo. Uma tarde, em um laboratório do MIT, o professor Anant Agarwal e seus colegas do MIT e de Harvard esboçaram um experimento de longo alcance: uma plataforma que ofereceria seus cursos online, gratuito, com REA a qualquer pessoa à altura do desafio. Três compromissos com o mundo têm fundamentado o edX desde o primeiro dia: Aumentar o acesso à educação de alta qualidade para todos, em qualquer lugar; Aprimorar o ensino e a aprendizagem no presencial e online; Ensino e aprendizagem avançadas por meio da pesquisa. A Educação Aberta defende que todos os indivíduos têm o potencial de criar mudanças, seja em sua vida, em sua comunidade ou no mundo. O poder transformador da educação é o que desbloqueia esse potencial. No entanto, o acesso à educação de alta qualidade tem sido um privilégio de poucos. Grandes universidade do mundo se conectaram para mudar o que era “para alguns” e tornar “para todos”. Ao abrir a sala de aula por meio do aprendizado online, o edX capacita milhões de alunos a liberarem seu potencial e se tornarem agentes de mudança. Hoje , as parcerias da plataforma incluem aulas de universidade como Berkeley of California, The University of Texas System, Boston e Maryland. Essas são algumas entre as mais de 160 universidades membro. Curadoria da autora (para você ;) Segue uma lista caprichada para você aproveitar o que há de mais criativo e inovador na área da educação dentre os cursos da edX: Líderes de Aprendizagem - Harvard University Pensamento Criativo - Pontificia Universidad Javeriana da Colombia Storytelling para mudança social - University of Michigan O que funciona na educação: políticas de educação baseadas em evidências - Inter-American Development Bank (BID) Introdução às tecnologias para educação - Universitat Politècnica de València, Espanha Planejamento didático por competências - Universidad Anáhuac, México Métodos de pesquisa qualitativa: codificação e análise de dados -Massachusetts Institute of Technology (MIT) Design Thinking para Liderar e Aprender - Massachusetts Institute of Technology (MIT) Usando e-mail para network em inglês - University of Washington Introdução à Educação Aberta - University of Texas Arlington Comente aqui também algum curso MOOC "fora da caixa" que você conheça ; )

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